Quarta-feira, 03/12/2025 às 22:04
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No Novembro Azul, especialista alerta que exames anuais podem salvar vidas

A campanha reforça a importância do cuidado preventivo e alerta para fatores de risco que exigem atenção redobrada a partir dos 40 anos

O Novembro Azul está terminando, mas o alerta permanece. A mobilização em torno da saúde masculina reforça a importância da prevenção do câncer de próstata, que segue como o tumor mais frequente entre homens no Brasil, com estimativa de cerca de 71 mil novos diagnósticos por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Como a doença geralmente evolui sem sintomas nas fases iniciais — justamente quando as chances de cura podem chegar a 98% — manter a rotina de exames ao longo de todo o ano é fundamental.

Para o urologista do Hospital São Mateus, Marcello Varella, a mensagem principal da campanha permanece atual: só é possível diagnosticar cedo quem realiza acompanhamento periódico. Ele explica que muitos casos são descobertos tardiamente por que os homens ainda tendem a adiar consultas.

“A mobilização lembra a todos os homens, especialmente aqueles a partir dos 40 anos com histórico familiar, que existe uma doença maligna tratável e curável quando identificada no início. Temos observado que as campanhas anuais, com apoio da imprensa e da internet, aumentaram bastante a conscientização e a procura por exames”, afirma o médico.

Ressonância, PSA e toque

A orientação é que homens com histórico familiar iniciem o rastreamento aos 40 anos. Para os demais, os exames devem começar aos 50. A avaliação periódica combina PSA — exame de sangue que mede a proteína produzida pela próstata — e toque retal, complementares na análise da glândula. Nos últimos anos, a ressonância magnética de próstata ganhou destaque pela capacidade de identificar nódulos muito pequenos ou localizados em áreas profundas, muitas vezes imperceptíveis no exame físico ou mesmo com PSA dentro da normalidade. Todos os exames devem ser realizados anualmente.

O histórico familiar é apontado como o principal fator de risco, aumentando de forma expressiva a possibilidade de desenvolvimento da doença. O INCA também destaca outros elementos associados, como idade avançada, sobrepeso ou obesidade, raça negra e exposição ocupacional a determinados agentes químicos. Há ainda comportamentos que contribuem para o risco, entre eles sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e má alimentação.

Os avanços tecnológicos também têm ampliado a segurança e a qualidade de vida dos pacientes. A cirurgia robótica, por exemplo, é considerada um dos progressos mais representativos no tratamento do câncer de próstata, reduzindo complicações, acelerando a recuperação e mantendo elevadas taxas de cura quando o tumor é localizado e tratado precocemente.

Varella lembra que a resistência ao toque retal ainda é um dos principais motivos que afastam homens do consultório, e que a família pode exercer papel decisivo nessa etapa. Ele reforça que, mesmo para quem não se sente confortável com o procedimento, há alternativas de avaliação inicial.

“Se o paciente não quer realizar o toque, é possível fazer a consulta, conversar com o urologista, realizar o PSA e a ressonância magnética. A evolução dos exames permite essa abordagem quando a resistência ao toque é o principal obstáculo”, diz o urologista.

Com informação, acompanhamento regular e acesso à prevenção, o Novembro Azul reafirma que cuidar da saúde é um compromisso que pode preservar vidas e garantir um futuro mais seguro para milhares de homens.

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