CIRURGIA ENDOSCÓPICA – Procedimento minimamente invasivo garante menos lesão muscular, menor tempo de internação e retorno precoce às atividades
Oito em cada 10 pessoas no mundo sofrerá com dor lombar em algum momento da vida. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS) e lembrado pelo ortopedista e traumatologista especializado em coluna vertebral, Dr. Gustavo Brianeze. Entre as principais causas estão a hérnia de disco e a estenose, que podem exigir intervenção cirúrgica quando os tratamentos convencionais não são suficientes.
De acordo com o especialista, que atende no Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá (CHJC), a hérnia de disco é mais comum em pacientes jovens, entre 20 e 40 anos, e ocorre quando há o rompimento ou extrusão do disco, causando compressão do nervo. O quadro se manifesta com dor intensa e, nos casos mais graves, pode evoluir para alterações de sensibilidade e até perda de força muscular. Inicialmente, o tratamento é clínico, com medicação, fisioterapia e repouso parcial. Porém, diante da persistência da dor ou alterações neurológicas, a cirurgia se torna necessária.
Nesse cenário, a cirurgia endoscópica para coluna tem se consolidado como uma opção moderna e eficaz. Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, realizado por uma pequena incisão de cerca de um centímetro, que permite a descompressão do nervo com menos lesão muscular e recuperação acelerada. “O paciente costuma ter menos dor no pós-operatório, permanece apenas um dia internado e retoma a reabilitação de forma muito mais precoce”, explica Dr. Brianeze.
Já no caso da estenose, o problema está associado ao envelhecimento e a um processo degenerativo, geralmente em pacientes mais velhos. Além do desgaste do disco, há a formação de osteófitos (crescimentos ósseos) que estreitam o canal vertebral, comprimindo os nervos. O procedimento endoscópico também pode ser indicado, mas exige mais tempo e precisão por ser uma cirurgia mais delicada, que envolve a retirada de parte do osso para ampliar o espaço interno do canal. Ainda assim, mantém os benefícios da abordagem minimamente invasiva.
Outro ponto destacado pelo médico é o diagnóstico tardio. Muitos pacientes, diante das primeiras crises de dor, recorrem apenas a medicamentos de venda livre e só procuram atendimento quando os sintomas se agravam. A avaliação clínica e exames de imagem, especialmente a ressonância magnética, são fundamentais para identificar as doenças da coluna.
Cuiabá, segundo Dr. Brianeze, é referência regional no tratamento de coluna, contando com profissionais altamente qualificados e estrutura hospitalar completa no Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá. “Praticamente todos os procedimentos relacionados à cirurgia de coluna podem ser realizados aqui com segurança e bons resultados”, ressalta.
Além dos fatores genéticos, hábitos de vida, postura inadequada, sedentarismo e sobrepeso são determinantes para o aumento dos casos de dor lombar, que hoje também afetam cada vez mais pessoas jovens. A orientação do especialista é clara: não ignorar a dor e buscar atendimento precoce para evitar complicações e garantir melhores resultados no tratamento.






