Cattani sai em defesa dos assentados do Itanhangá após Justiça expulsá-los sem ampla defesa

“Está acontecendo uma covardia com os assentados do Assentamento Itanhangá, aqui em Mato Grosso”

Morador do assentamento Pontal do Marape, na zona rural de Nova Mutum, o deputado estadual GIlberto Cattani (PL) saiu em defesa dos assentados do Assentamento Itanhangá, que estão sendo expulsos de seus lotes por decisão judicial, baseadas em denúncias caluniosas e sem o direito da ampla defesa.

Nas últimas semanas, vários assentados, muitos deles com títulos em mãos, estão sendo intimados a deixarem os seus lotes no Itanhangá, onde vivem há 20 e 30 anos, por conta de uma decisão da Justiça Federal de Diamantino, que acatou ao pedido ajuizado pela Superintendência do Incra, concedendo uma liminar determinando a reintegração de posse contra dezenas assentados.

As famílias que serão despejadas liminarmente, sem direito ao contraditório e ampla defesa, estão sendo notificadas desde o início do mês de junho.

O deputado Gilberto Cattani usou as redes sociais para fazer um apelo ao presidente Nacional do Incra, Geraldo Melo Filho, ao secretário de Assuntos Fundiários da Presidência, Nabhan Garcia e ao presidente da República Jair Bolsonaro (PL) para que intercedam a favor dos assentados do Itanhangá, ressaltando que já existem membros do MST tentando tomar os lotes.

“Está acontecendo uma covardia com os assentados do Assentamento Itanhangá, aqui em Mato Grosso, onde várias famílias, muitas delas com títulos, estão sendo obrigadas a deixar suas propriedades, sem o direito de defesa, por causa de uma investigação fraudulenta. Neste assentamento também existe um acampamento com terroristas do MST, que estão tentando tomar os lotes desses pequenos produtores”, afirmou.

Caso a decisão judicial não seja revertida em instância superior, as famílias serão obrigadas a deixarem o assentamento que ajudaram a construir.

O município de Itanhangá ficou bastante conhecido em 2014, com a Operação Terra Prometida, quando servidores do Incra, sindicalistas, pequenos produtores e empresários do agronegócio foram presos pela Polícia Federal por suspeita de estarem envolvidos em transação ilegal de terras da União, destinadas à Reforma Agrária.

“Esta operação Terra Prometida foi um desastre, porque se prendeu quase 50 pessoas que são produtores, que estavam em casa. Teve uma família que estava rezando o terço e a Polícia Federal tirou de dentro de casa. Essas pessoas foram acusadas de serem criminosas e as investigações nunca provaram nenhum crime”, explicou Cattani.

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