‘Se tiver vergonha na cara não é candidato’, dispara Mauro sobre Emanuel

Emanuel Pinheiro se tornou réu na Justiça Federal por conta do vídeo em que parece recebendo maços de dinheiro e colocando em seu paletó

O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a alfinetar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), sobre a disputa pela prefeitura da Capital.

Questionado sobre uma eventual candidatura do adversário, Mendes respondeu: “Posso falar o que eu penso? Se tiver vergonha na cara não é candidato. Porque ter o que têm por aí, como dizia meu amigo presidente Bolsonaro: as verdades têm de ser ditas”, disse durante coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (14).

Mauro ainda completou dizendo que a campanha eleitoral precisa ser pautada nos problemas da população e não por escândalos, quando questionado se o fato de Emanuel ter se tornado réu na Justiça Federal facilitaria a disputa ao pleito municipal para o suplente de senador, Fábio Garcia (DEM).

“A campanha do Fábio e de qualquer candidato tem que ser em cima dos problemas de Cuiabá, em cima do que está sendo feito e o que pode ser melhorado. Claro, falar um pouco dos adversários faz parte de qualquer estratégia político-eleitoral, mas o foco principal tem que ser a cidade, os seus problemas e soluções para que a sociedade possa escolher alguém que realmente tenha capacidade de tomar conta da vida de todos nós”, enfatizou.

Entenda o caso

Na última sexta-feira (11), o prefeito da capital Emanuel Pinheiro, se tornou oficialmente réu na Justiça Federal por conta do vídeo em que parece recebendo maços de dinheiro e colocando em seu paletó, durante na gestão do ex-governador Silval Barbosa.

A decisão foi do juiz da 5ª Vara Federal, Jeferson Schneider, que acatou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
O MPF aponta que Silval acertou o pagamento de propina no valor de R$ 600 mil para cada deputado estadual, “como forma de garantir governabilidade e a aprovação das contas do governo, o qual seria honrado em 12 parcelas iguais e sucessivas de R$ 50 mil”, diz trecho da denúncia.

A denúncia ainda aponta que em dezembro de 2013 Emanuel Pinheiro “dirigiu-se até ao gabinete de Sílvio Cezar Corrêa Araújo, localizado na governadoria do Estado de Mato Grosso, ocasião na qual recebeu, a título de propina, a quantia de R$ 50 mil”, afirmam os procuradores da República.

Foi neste contexto que Silvio gravou o vídeo de repercussão nacional no qual Emanuel aparece recebendo o dinheiro. “No decorrer do vídeo, Silvio repassa R$ 20 mil em espécie para o denunciado e se compromete a entregar o restante, ou seja, R$ 30 mil para um terceiro, não identificado no diálogo”, diz outro trecho da denúncia.

Silvio Correia era chefe de gabinete de Silval.

Fonte: GD (Por Pablo Rodrigo e Noelisa Andreola)

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