ALMT adquire direitos patrimoniais da obra “Rondon, o Desbravador”

O filme será lançado no dia 7 de setembro na TV Assembleia, em dois horários: 16 e 21 horas

A Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso adquiriu os direitos patrimoniais, em caráter definitivo, para reprodução parcial ou integral da obra cinematográfica “Rondon, o Desbravador”, de autoria do produtor cinematográfico Rodrigo Piovezan. O filme será lançado no dia 7 de setembro na TV Assembleia, em dois horários: 16 e  21 horas.

A película será exibida nas escolas primárias e secundárias de Mato Grosso, polos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), associações comunitárias e na TV Assembleia. O público-alvo é o mais amplo possível, envolvendo desde crianças e adolescentes até adultos e idosos.

A cessão da obra e a sua divulgação, conforme as disposições legais da Lei 8.666/93, feitas pela Casa de Leis, é uma das formas de atingir as finalidades complementares e institucionais do Poder Legislativo do estado de Mato Grosso –  de preservar a história brasileira, a história de Mato Grosso e democratizar o acesso à cultura.

“Após muito tempo atuando no ramo de publicidade, comecei a fazer minha pós-graduação em cinema. Queria fazer um filme que destacasse Mato Grosso no mercado audiovisual brasileiro. Na pesquisa, encontrei Cândido Mariano da Silva Rondon, que está entre os maiores desbravadores da humanidade. Único brasileiro que tem seu nome dado a um estado [Rondônia], em homenagem aos serviços prestados à nação brasileira”, revelou Piovezan.

Para o produtor, a vida do Rondon é, sem dúvida, um exemplo de humanidade, disciplina, honradez, inclusive indicado ao Nobel da Paz pelo cientista Albert Einstein. “Com certeza, nenhum roteirista teria habilidade de inventar um filme como foi a biografia de Rondon, que ficou mundialmente conhecido após a expedição Roosevelt-Rondon”, detalhou ele.

O nome do filme, “Rondon, o Desbravador”, de acordo com Piovezan, se deu por tratar-se de um mato-grossense que serve de espelho para todas as gerações e “sua vida é exemplo e orgulho para nós, mato-grossenses”, disse.

Porém, para produzir o filme, Rodrigo Piovezan argumentou que não foi fácil e muitas barreiras foram vencidas ao longo do trabalho.

“Levamos quase dez anos de muita luta para colocar Rondon nas telas em 17 salas em todo o Brasil, onde chegamos a participar de vários festivais, e  destacamos o prêmio em Los Angeles, no Los Angeles Brazilian Film Festival. Nunca uma produção cinematográfica de Mato Grosso chegou tão longe, conquistou as grandes telas e entrou no restrito circuito de cinema concorrendo juntamente com grandes lançamentos mundiais”, ponderou ele.

A superintendente do Instituto Memória do Poder Legislativo (IMPL), Mara Regina Visnadi, comentou que a valorização da produção regional vem ao encontro da história de Rondon em Mato Grosso.

“Essa obra vai complementar o acervo do IM, que é o guardião de toda a documentação, debates e decisões preferidas pela Assembleia Legislativa. É um valor inestimável”, detalhou Visnadi.

De acordo com a superintendente, esse registro vai engrandecer o acervo fotográfico da jornada de Rondon pelo interior do Brasil. Nos últimos anos, várias exposições mostrando sua trajetória pelo Brasil foram feitas na Assembleia.

“É uma forma de mostrar o legado que Rondon deixou para Mato Grosso e para o Brasil. Esse filme vai compor nosso acervo e se juntar às obras que temos dele no IM”, explicou ela.

Para o próximo ano, o IM tem o projeto de levar até as escolas públicas de Mato Grosso e órgãos públicos o filme, fotos e catálogo de Rondon. “Seria uma forma de os professores trabalharem com os alunos, mostrando a história dele”, falou Visnadi.

Além de escolas e órgãos públicos, Mara indicou que o IM vai expandir a ideia e levar a história de Rondon para os shopping centers e associações comunitárias. “Pretendemos atingir o maior público possível com esse projeto, divulgando Rondon para os cidadãos com acesso a esse acervo”.

Filme – Conforme informações do produtor, o filme “Rondon, o Desbravador” narra o encontro fictício entre Marechal Cândido Rondon (interpretado pelo ator Nelson Xavier, in memoriam) e um jornalista para uma entrevista em sua residência. Na ocasião, são rememorados os trabalhos desenvolvidos por ele na instalação de linhas de telégrafo no território do Centro-Oeste brasileiro, com o desbravamento de territórios até então inalcançados pela civilização.

“Rondon foi o idealista e responsável por políticas de incentivo à convivência pacífica entre os povos indígenas e os brancos, que motivou sua indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 1957. É um documentário importante para a história de Mato Grosso”, disse Piovezan.

Vale destacar que o filme apresenta momentos marcantes de sua trajetória na abertura de novo meio de comunicação no Centro-Oeste brasileiro, tais como a expedição ao rio da Dúvida, realizada com o presidente americano Theodore Roosevelt, e o encontro de Rondon com os índios.

Rondon – Cândido Mariano da Silva Rondon é cidadão mato-grossense, nascido no distrito de Mimoso, no ano de 1865. Ele liderou expedições cobrindo mais de 10 mil quilômetros quadrados do território nacional, demarcando fronteiras brasileiras de cerca de dois mil quilômetros, na abertura de florestas e campos para instalação de linha telegráfica, unindo os confins brasileiros ao restante do Brasil já desbravado e evoluído.

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