Governo quer fim do monopólio na distribuição de combustíveis

Diante do posicionamento do presidente Jair Bolsonaro, que tem defendido o fim do monopólio da Petrobras no pais, produtores de biocombustíveis estão confiantes de que a proposta em torno do fim da proibição da venda direta para os postos de gasolina seja aprovada ainda agora no primeiro semestre.

A reivindicação não é nova, mas ganhou força desde que o governo autorizou temporariamente a venda durante a greve dos caminhoneiros em 2018 para evitar o desabastecimento — o que acabou estimulando o setor.

O presidente do conselho de administração da Renova Bio, Pedro Robério Nogueira, que representa os produtores de etanol, foi recebido pelo presidente Bolsonaro.

Ele admitiu que uma das dificuldades é o lobby dos distribuidores. “Eles estão defendendo um negócio e nós não estamos querendo negócio deles. Queremos a possibilidade de fazer algo diferente e conviver com os dois sistemas.”

Pedro ressaltou no entanto, que hoje existe um avanço, e se mostrou confiante uma vez que o presidente praticamente determinou a revisão do monopólio que existe hoje.

Durante live nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro criticou o formato da distribuição dos combustíveis no país. A venda direta, segundo ele, pode significar uma redução de R$ 0,20 por litro do álcool.

O presidente lembra que a mesma regra vale para o óleo diesel, que também pode ter o preço reduzido se acabar com o monopólio da distribuição.

Agora, se por um lado, o governo quer rever a questão do monopólio da Petrobrás, com a justificativa de que a concorrência vai garantir preços mais baixos dos combustíveis, por outro ainda defende o tabelamento dos fretes no país.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, publicou uma nova tabela com preços mínimos para o setor. Os novos valores levam em consideração o custo de diárias do caminhoneiro com refeição e hospedagem, o que elevou o preço minimo de 11% a 15% em média.

A tabela entra em vigor no dia 20. A partir de agora, passa também a ser obrigatório o pagamento de frete de retorno para operações que não podem trazer carga de retorno, como caminhões de combustível, por exemplo.

Fonte: Jovem Pan – *Com informações da repórter Luciana Verdolin

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