Orleans e Bragança sai em defesa de Bolsonaro: ‘Não citou Mourão em nenhum momento’

O deputado federal, no entanto, confirmou a existência de um dossiê contra ele

O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (14). Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele negou que o presidente tenha feito qualquer menção ao nome do vice-presidente, Hamilton Mourão, durante conversa, e afirmou que nunca houve uma fala sobre predileção.

Na terça-feira (12), em uma conversa entre Orleans e Bragança e Bolsonaro, o presidente teria dito que “Você [Bragança] deveria ter sido meu vice, e não esse Mourão aí”.

“A imprensa criou uma notícia falsa, dizendo que Bolsonaro preferia eu a Mourão. Quando conversamos, ele não citou Mourão em nenhum momento, e eu até verifiquei isso, eu estava há uns cinco metros do presidente e verifiquei com os deputados que estavam mais próximos dele. Todos confirmaram: ele não citou Mourão em nenhum momento, nem entre os dentes”, garantiu.

“Quem me segue sabe que eu defendo as ideias do presidente, do ponto de vista ideológico, e que eu sempre evitei defender o próprio Jair Bolsonaro, mas agora tenho que defender o Jair Bolsonaro”, continuou o deputado. “Existe maldade por parte da mídia, que cria fatos, versões e não averigua nada.”

Dossiê

Na quarta-feira (13), a história ganhou um novo capítulo quando o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) revelou o motivo pelo qual Orleans e Bragança não teria se tornado vice-presidente: um dossiê com fotos supostamente comprometedoras, que fez com que Bolsonaro desistisse dele e chamasse Mourão para o cargo.

Bragança confirmou. “A notícia do dossiê já é verdade. Eu já escutei de apoiadores do presidente e meus, fiquei sabendo de algumas coisas que continha, mas nunca vi.”

“Há um dossiê que circulou e que me desqualifica em aspectos que, na época, Bolsonaro considerou relevantes. Claro que o dossiê era falso – hoje em dia, com a internet, o nível de sofisticação de criar foto, vídeo e dados falsos está muito mais aprimorado. Mas Bolsonaro viu aquilo, ele tinha um tempo sensível para fazer a escolha do vice e acabou decidindo por Mourão após ver o dossiê. Agora, ele me pediu desculpas, achou que não agiu corretamente, mas eu acho que com as informações que foram dadas para ele no momento, ele tinha que tomar uma decisão. O dossiê gerou dúvidas e ele tomou a decisão. Não vejo motivo para pedir desculpas”, afirmou.

Fonte: Jovem Pan

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