Bivar pede ajuda de Flávio Bolsonaro para derrubar CPI da Lava Toga

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) recebeu do presidente nacional do partido (PSL), deputado Luciano Bivar (PE), pedido para entrar na articulação contra a criação da CPI da Lava Toga – para investigar o chamado “ativismo judicial” em tribunais superiores. Filho “01” do presidente Jair Bolsonaro, Flávio é o único dos quatro senadores do PSL que não assinou a petição pela abertura da comissão. A CPI é vista com potencial para afetar a relação entre os três Poderes.

A articulação para enterrar a CPI é liderada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que classificou a tentativa de criação da comissão como inconstitucional. “Se há entendimento de que a comissão não pode investigar decisão judicial, como vou passar por cima disso?”, questionou.

Bivar disse ter pedido aos senadores que reconsiderassem o posicionamento porque viu na proposta “uma afronta ao Poder Judiciário”. Os senadores Major Olímpio (SP) e Soraya Thronicke (MS) afirmaram que não vão mudar de posição e negaram ter sido procurados por Flávio. Juíza Selma (PSL-MT) não quis se manifestar.

Flávio Bolsonaro opera contra a Lava Toga

Desde que a CPI da Lava Toga foi proposta, o 01 do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-SP), uniu-se a um grupo de senadores do PT e do MDB, encrencados com processos, para trabalhar contra as apurações envolvendo a Justiça.

Há dois meses, o trabalho de Flávio nos bastidores provocou um arranca-rabo com o líder do partido no Senado, Major Olímpio. “É bom que essas pressões parem, caso contrário eu chamo a imprensa e conto tudo”, ameaçou Major Olimpio dirigindo-se a Flávio.“Se não cessarem, eu deixo a liderança”, completou.

Pelo visto, ficou mesmo na ameaça. Agora, está em curso uma nova tentativa de instaurar a CPI. E quem, de novo, é o ponta-de-lança da operação abafa? Ele mesmo, Flávio Bolsonaro.

Nos últimos dias, vários senadores receberam telefonemas do filho do presidente. Nas ligações, o 01 de Bolsonaro ordenava para que retirassem a assinatura no requerimento. Exatamente, ordenava. Quem estava do outro lado da linha garante que Flávio não se constrangia em elevar o tom de voz.

Fonte: IstoÉ (Por Estadão Conteúdo)

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