Operação da PF encontra mensagens que supostamente atestam ligação entre membros da facção e o Partido dos Trabalhadores
A Polícia Federal deflagrou, na última terça-feira, 6, a Operação Cravada que busca desestruturar o núcleo financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante os trabalhos de investigação da polícia, foram encontradas mensagens em áudio que supostamente atestam uma ligação entre membros da facção e o Partido dos Trabalhadores (PT).
Conforme mostrado pelo jornal Correio Braziliense, na manhã desta sexta-feira, 9, os áudios obtidos pelos federais revelam o momento em que Alexsandro Roberto Pereira — conhecido como Elias — fala sobre a relação do comando com o partido. “O PT tinha diálogo com nois cabuloso, mano, porque… situação que nem dá pra nois ficar conversando a caminhada aqui por telefone, mano. Mas o PT ele tinha uma linha de diálogo com nois cabulosa, mano”, disse Elias em conversa com André Luiz de Oliveira, conhecido como “Salim”.
O jornal mostrou também que Elias criticou, ainda, a falta de abertura do ministro da Justiça e da Segurança Pública de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro. “Com nois já não tem diálogo, não, mano. (…) Esse Moro aí, esse cara é um filha da p***, mano. Ele veio pra atrasar”, disse.
Diante das acusações, o Partido dos Trabalhadores emitiu uma nota onde considerou que as conversas se tratam de uma “armação”. Conforme divulgado pelo Correio Braziliense, a sigla disse que “quem dialogou e fez transações milionárias com criminosos não foi o PT, foi o ex-juíz Sergio Moro, para mostrar uma farsa judicial contra o ex-presidente Lula com delações mentirosas e sem provas. É Moro que deve se explicar à Justiça e ao País pelas graves acusações que pesam contra ele”, destaca o partido.
Fonte: R7