Maria Aparecida Lopes Moreira que, em um áudio veiculado pela imprensa, acusa um integrante da magistratura, além de ofender a honra de todo o Poder Judiciário.
Presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM), juiz Tiago Abreu
A Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM) ingressou com as medidas judiciais cabíveis, nas esferas cível e criminal, para apurar e responsabilizar a presidente municipal do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Sinop, Maria Aparecida Lopes Moreira que, em um áudio veiculado pela imprensa, acusa um integrante da magistratura, além de ofender a honra de todo o Poder Judiciário.
O presidente da entidade, juiz Tiago Abreu, repudiou as afirmações feitas pela dirigente do Sindicato e considera grave o fato da sindicalista ofender a honra de magistrados, sem apresentar fatos que comprovem tais acusações. “Somos defensores da liberdade de expressão. Contudo, discursos meramente difamatórios não podem ser aceitos sob esse pretexto. No estado democrático de Direito se pode muito, mas não tudo”, afirmou o presidente da Associação Mato-Grossense de Magistrados.
Ele também lamenta que um dirigente sindical, que representa professores, utilize de um linguajar tão grosseiro para manifestar suas opiniões.
“Entendemos que uma pessoa em posição de liderança não deva, jamais, fazer acusações tão sérias como a de venda de sentença e parcialidade sem apresentar provas. Por isso, medidas já estão sendo tomadas pela associação, que atua na defesa da magistratura, para garantir a reparação dos danos causados”, afirma.
O xingamento
A sindicalista é acusada de ofender a honra do Poder Judiciário ao afirmar, em um áudio, que a Justiça teria vendido uma liminar para o Governo do Estado. Na mesma gravação, ela chama o Judiciário de “porco”.
O áudio foi divulgado no dia 30 de julho, depois que a desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Maria Erotides Kneip, declarou ilegal da greve dos professores e determinou que o Sintep retornasse às aulas até o dia 02 de agosto. Caso a decisão não fosse cumprida, a magistrada estabeleceu uma multa de R$ 150 mil por dia de descumprimento.
Depois da notícia, a sindicalista teria dito: “Na verdade, era esperado. A gente até achou que ele [Governo] demorou muito para recorrer ao Judiciário “porco”, né, para comprar uma liminar contra nossa greve”.
A greve
A greve na rede estadual de ensino completou nesta terça-feira (06), 72 dias. Ela teve início no dia 27 de maio, e tem como principal reivindicação, aumento salarial de 7,69%.
Fonte: PNB Online – Com Assessoria da AMAM