Perri dá 30 dias para concluir investigações sobre grampos

O desembargador Orlando Perri ofereceu um prazo de 30 dias para os promotores responsáveis pelas investigações das escutas telefônicas ilegais, conhecida “Grampolância Pantaneira”, concluir as apurações.

As investigações são conduzidas pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público Estadual (MPE), sob a cordenação do procurador de Justiça Domingos Sávio de Barros Arruda.

Notícia-crime apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Mato Grosso, pede apuração de crimes supostamente praticados por promotores de Justiça. As escutas ilegais foram praticadas na gestão do ex-governador Pedro Taques (PSDB).

A decisão do desembargador está relacionada à notícia-crime protocolada pela OAB. No despacho, Perri ainda nega a exlusão da OAB para acompanhar inquéritos e o pedido do coordenador do Naco para desmembrar alguns procedimentos da notícia-crime.

Na instância policial, também existem 3 Procedimentos Investigatórios Criminais que estão sendo apurados as escutas ilegais. Os delegados da Polícia Civil, Rafael Mendes Scatolon, Luciana Batista Canaverde e Jannira Laranjeira Siqueira Campos, também investigam o caso.

Perri também defendeu que a OAB tenha acesso às informações. “A Ordem dos Advogados do Brasil Grosso tem sim legítimo interesse em acompanhar as investigações que se processam no Naco Criminal, e pode muito contribuir no esclarecimento de fatos criminosos que abalaram a sociedade mato-grossense. E não se compreende mesmo a obstinada recusa do Naco Criminal, e resistência deliberada à decisão do Tribunal Pleno – que rechaçou o pedido de arquivamento da notícia-crime –, em permitir a participação da OAB/MT nas investigações”, cita Perri em um trecho da decisão.

Escutas ilegais 

As investigações apontaram um esquema de escutas ilegais que interceptou mais de 800 ligações de políticos, advogados e jornalistas. Nos grampos ilegais, estavam envolvidos ex-secretários e oficiais de alta patente da Polícia Militar. As ações contra os acusados foram para a Justiça Militar, para a Justiça Federal e para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, onde o relator é o desembargador Orlando Perri.

Fonte: GD (Pablo Rodrigo)

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