MPF relata ‘modo de agir agressivo, sorrateiro e dissimulado’ do hacker que invadiu celulares de procuradores

Segundo o MPF, pelo menos desde abril os procuradores da força-tarefa vêm sendo atacados

A força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal divulgou um comunicado na tarde desta segunda-feira (10) em que criticou a ação criminosa do hacker que invadiu e clonou aparelhos celulares e contas em aplicativos de comunicação instantânea de procuradores.

“Pelo menos desde abril os procuradores da força-tarefa vêm sendo atacados, portanto, muito antes das notícias de ataques veiculadas na última semana”, começa a nota. “Assim que identificadas as tentativas de ataques contra seus celulares, os procuradores da Lava Jato comunicaram a notícia do crime à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República no objetivo de obter uma ação coordenada na apuração dos fatos.”

Em seguida, o MPF afirma que “o modo de agir agressivo, sorrateiro e dissimulado do criminoso é um dos pontos de atenção da investigação”. “Aproveitando falhas estruturais na rede de operadoras de telefonia móvel, o hacker clonou números de celulares de procuradores e, durante a madrugada, simulou ligações aos aparelhos dos membros do MPF. Para tanto, valeu-se de ‘máscaras digitais’, indicando como origem dessas ligações diversos números, como os dos próprios procuradores, os de instituições da República, além de outros do exterior. As ligações eram feitas durante a noite com o objetivo de identificar a localização da antena (ERB) mais próxima do aparelho celular, viabilizando assim a intrusão, além de fazer com que o ataque não fosse descoberto.”

O comunicado ainda diz que o hacker também “sequestrou identidades, se passando por procuradores e jornalistas em conversas com terceiros no propósito rasteiro de obter a confiança de seus interlocutores e assim conseguir mais informações” e “tentou fazer contato com alguns procuradores utilizando-se de identidade virtual falsa e com tom intimidatório, mas suas investidas não foram aceitas pelos procuradores”.

Além disso, foram identificadas tentativas de ataques cibernéticos a familiares próximos de procuradores, “o que reforça o intuito hediondo do criminoso”.

A Procuradoria-Geral da República determinou a instauração de um procedimento administrativo para acompanhar a apuração.

Fonte: Jovem Pan

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