Em entrevista ao Jornal Nacional na semana passada, Lula afirmou que os empresários do agronegócio são facistas.
Maior bolsonarista da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) emplacou na quarta-feira (31) mais uma moção de repúdio ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).
Pequeno produtor de leite e defensor ferrenho da agricultura, Cattani sugeriu a moção em repúdio aos recentes ataques do ex-presidente ao agronegócio.
Em entrevista ao Jornal Nacional na semana passada, Lula afirmou que os empresários do agronegócio são facistas.
O deputado estadual Ludio Cabral (PT) saiu em defesa do líder petista e também criticou o setor que é carro-chefe da economia mato-grossense.
Em resposta Cattani disse que jamais deixará de defender os produtores rurais de ataques feitos por um criminoso, se referindo ao ex-presidente.
“Nunca ficarei calado quando um ladrão chamar aqueles que produzem, de fascistas. Os produtores inclusive produzem algodão para vestir e alimento para alimentar aqueles que os chamam de facistas. Enquanto eu estiver aqui nesta casa não irei aceitar isso”.
O bolsonarista também pediu para quem crítica e não apoia o agronegócio, que pare de consumir os produtos oriundos da agricultura.
“Isso é uma vergonha. Parem de comer. Venham pelado para Assembleia, porque a roupa que você está usando vem do algodão, ou seja, do agro”, concluiu.
A moção de repúdio foi aprovada com a maioria dos votos dos deputados. Somente Ludio Cabral (PT) e Wilson Santos (PSD) votaram contra. João Batista (PP) preferiu se abster.
Está é a segunda vez que a Assembleia Legislativa aprova moção de repúdio ao ex-presidente, que é candidato novamente a presidência da República.
No mês de abril o próprio deputado Gilberto Cattani propôs uma moção de repúdio ao ex-presidente por ele ter incitado militantes do PT a ir a casa de parlamentares de direita para, segundo ele, ‘incomodar’ as suas famílias.
