A investigação aponta que pessoas próximas a ‘Chiclete’, preso na sexta-feira (20) na segunda fase da Operação Spoofing, movimentou cerca de R$ 3 milhões
A Polícia Federal descobriu, após a quebra de sigilo bancário do programador Thiago Eliezer Santos, conhecido como Chiclete, que pessoas próximas a ele movimentaram cerca de R$ 3 milhões. É o que revela reportagem publicada nesta sexta-feira (20) pela revista Crusoé.
De acordo com as investigações, Chiclete seria o mentor de Walter Delgati Netto, o Vermelho, preso na primeira fase da Operação Spoofing, deflagrada para a investigação dos hackers que teriam invadido celulares de autoridades.
Chiclete foi preso na segunda fase da operação nesta quinta-feira (19) e prestou depoimento por cerca de três horas. Além de Chiclete, a PF também prendeu temporariamente o estudante de direito Luiz Molição, que, segundo os investigadores, é suspeito de ser o responsável por guardar parte das mensagens roubadas.
Os valores encontrados pela investigação corroboram a impressão de que amigos de Chiclete vinham tendo. Segundo eles, o padrão de vida do programador cresceu exponencialmente nos últimos meses. De acordo com a PF, Chiclete era um respeitado hacker na deepweb, onde costumam acontecer operações criminosas.
A investigação também apontou que uma das transações recentes de Chiclete, uma suposta venda de um veículo da marca Land Rover para Vermelho, seria uma forma de lavar o dinheiro que o hacker obtinha por meio de compra e venda de moedas virtuais. O carro foi apreendido nesta quinta.
A PF chegou até Molição, também preso na segunda fase da operação, após encontrarem um áudio em que ele aparece conversando com um interlocutor estrangeiro, que os investigadores suspeitam ser o jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept, que começou a divulgar as mensagens hackeadas atribuídas a autoridades, entre elas, o ministro Sergio Moro e o coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.
Fonte: Jovem Pan