Rosa Neide entrou em contradição, diz delegado sobre Operação

OPERAÇÃO FAKE DELIVERY

O delegado Luiz Henrique Damasceno, que coordena a operação “Fake Delivery”, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Administração Pública (Defaz), afirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (19) que a deputada federal Rosa Neide (PT) foi ouvida e foram detectadas contradições no depoimento da parlamentar.

Apesar de não ser alvo da Operação, que prendeu o ex-secretário-adjunto de Administração Sistêmica da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Francisvaldo Pereira de Assunção, a deputada teve um mandado de busca e apreensão em sua casa para recolher documentos, pois ela era a secretária de Educação em 2014.

Segundo o delegado, “Rosa Neide era secretária da época e é citada por algumas testemunhas como quem teria determinado compra dos materiais. Ainda é cedo para dizer que ela tenha envolvimento, mas têm contradições, ela disse que material todo estaria estocado, mas grande parte não estava estocado”.

O material comprado, que deveria ter sido destinado para a educação indígena, gerou um prejuízo de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos, porém, Francisvaldo assinou na época 28 notas de recebimento de itens como lápis, borrachas e cadernos, que foram adquiridos para esse setor dentro da Seduc.

No entanto, de acordo com as investigações, o “coordenador indígena responsável pelas escolas indígenas não foi consultado à época para saber se era necessária a compra. Do material entregue, boa parte chegou a ter data de validade vencida por ausência de logística de material para entregar. A aquisição foi feita às pressas, no final do governo”, informou o delegado.

Francisvaldo foi preso na manhã de segunda-feira, na BR-364, em Diamantino (208 km a Médio-Norte), quando levava o pai de volta para Nortelândia (253 km a Médio-Norte). Ele está sendo trazido para Cuiabá e não ofereceu resistência à prisão.

Outro lado

A assessoria da deputada informou, por meio de nota, que ela “acompanha pela imprensa os desdobramentos da Operação Fake Delivery” e que, “embora não seja investigada”, ela segue “à disposição dos órgãos de Investigação para quaisquer esclarecimentos, referentes ao período que atuou como secretária de Estado de Educação”.

Fonte: GD (Thalyta Amaral e Yuri Ramires)

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