Investigações apuram suposta propina nos contratos da Belo Monte; são cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do ex-ministro

Investigações apuram propina para favorecer o consórcio que venceu a licitação para construção da Usina de Belo Monte
A Polícia Federal (PF) deflagra, desde as primeiras horas desta sexta-feira (9), a 49ª fase da Operação Lava Jato. As investigações apuram agora uma suposta propina entregue para favorecer o consórcio que venceu a licitação para construção da Usina de Belo Monte, no Pará.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, tirando os 10% supostamente recebidos por Delfim Netto, os demais 90% dos valores eram divididos entre o PMDB e o PT.
Falando em valores monetários, segundo o Ministério Público Federal (MPF), até agora, já foram rastreados pagamentos superiores a R$ 4 milhões ao ex-ministro, de um total de R$ 15 milhões, pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e J. Malucelli.
Delfim Netto e a Lava Jato

Delfim Netto foi citado nas investigações da Lava Jato na delação premiada de ex-executivo da Andrade Gutierrez
Em junho de 2016, o ex-ministro já teve o seu nome associado à Operação Lava Jato depois que os investigadores encontraram uma planilha do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – nome oficial do “departamento de propinas” – na qual constava, dentre outras, a entrega de R$ 240 mil no endereço do advogado e sobrinho do ex-ministro Luiz Appolonio Neto, na capital paulista.
Antes disso, porém, o economista e também ex-deputado federal foi citado na delação premiada da empreiteira Andrade Gutierrez pelo suposto recebimento de valores ainda não explicados no empreendimento da Usina de Belo Monte. Quando seu nome foi citado na Lava Jato, Delfim argumentou que havia feito uma “assessoria”.
Fonte: Último Segundo – *Com informações da Agência Brasil